Para aqueles que não estão a par da longa história relacionada com os cabeços do porto do Cais do Pico, aqui fica um pequeno resumo. No dia 14 de novembro de 2014 ocorreu um trágico acidente neste porto, acidente esse que vitimou mortalmente uma pessoa devido ao rebentamento de um cabeço de amarração [link para mais informações sobre este acidente]. Desde então que a respetiva rampa ro-ro deixou de funcionar em pleno, inviabilizando o embarque/desembarque de viaturas em São Roque do Pico por parte dos navios Mestre Simão e Gilberto Mariano, os quais operam na Linha Verde da Atlânticoline, linha esta que contempla escalas "regulares" nesta vila nortenha da ilha montanha. Neste blog já foi apresentado um resumo da cronologia desta inoperacionalidade [link], incluindo um contador do tempo decorrido desde que a referida rampa ro-ro ficou limitada e sem ter sido alvo de qualquer obra. Com a colocação de novos cabeços (ainda que falte esperar pelo "período de cura" antes da sua utilização), é chegada a hora de fazer stop a este contador.
Em suma, cerca de 18 meses depois do acidente, finalmente há a certeza de que vão deixar de existir os condicionalismos em terra que têm prejudicado todos os passageiros que desejam deslocar-se por via marítima entre as ilhas do Pico e de São Jorge. Cabe agora à Atlânticoline trazer estabilidade e regularidade a esta rota, de modo a melhor servir a população residente e os turistas que visitam esta zona dos Açores.
Haja saúde!
Post scriptum: No dia seguinte a esta publicação, a Atlânticoline anunciou o reinício da operação na rampa ro-ro do porto do Cais do Pico [link para imagens do reinício desta operação].
Os condicionalismos continuam, só que agora a justificação da não existência dos cabeços não vai ser desculpa.
ResponderEliminarJá foi anunciado que as viagens passarão a ser por S. Roque excepto ás quartas e quintas, com a justificação de que nesses dias provavelmente existirão navios de contentores no porto. Vai-se continuar a repetir aquilo que vem acontecendo. Vão haver quartas ou quintas sem navios de contentores, que virão noutros dias e os cancelamentos de última hora continuarão a existir, para desespero dos operadores turísticos e passageiros, principalmente estrangeiros que não compreendem tal desorganização.
Por que não fazem como no porto de Velas. O navio de combustível descarrega durante a noite, para não perturbar o de passageiros e os de contentores, se não conseguirem operar no intervalo do de passageiros, desencostam e voltam a encostar. Nas Velas o navio de passageiros é prioritário, e não é por causa de nenhum outro que não encosta e desencosta a horas. Não me lembro de nenhum navio de passageiros ser desviado para a Calheta por o porto de Velas estar ocupado. Actualmente uma parte do molhe do porto de Velas está inoperacional, devido ás obras de prolongamento do mesmo, mas continuam a operar barcos de passageiros, de contentores e todos os outros que normalmente demandam este porto, sem qualquer tipo de condionalismo ou bloqueio.
Os condicionalismos no porto de S. Roque são humanos (falta de organização, competência e empenho em defender o seu próprio conselho) e estão em S. Roque. Os cabeços já foram mudados. Falta agora mudar uma cabeça para que possamos ter o navio de passageiros todos os dias da semana.