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quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Ilha do Pico vai ter Casa dos Vulcões com simulador de sismos e viagem ao centro da Terra
A ilha do Pico vai ter uma Casa dos Vulcões, investimento de dois milhões de euros que inclui um simulador de sismos e uma cápsula sensorial para permitir viajar ao centro da Terra.
Na apresentação do projeto, no centro de interpretação da Paisagem da Cultura da Vinha, no concelho de São Roque do Pico, o secretário regional do Ambiente, Neto Viveiros, explicou que a obra pretende, "com base em critérios científicos e adaptado ao turismo de preservação, proporcionar uma maior divulgação do património geológico dos Açores e de toda a sua geodiversidade, presente em vulcões, grutas e outras paisagens vulcânicas".
Neto Viveiros destacou que a obra ficará "em pleno núcleo da Paisagem Protegida da Cultura da Vinha da ilha do Pico, classificada pela UNESCO [Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura] como Património Mundial" e "enquadrada pela montanha do Pico, simultaneamente o mais jovem e o maior vulcão poligenético dos Açores (resultou de várias erupções ao longo do tempo), o ponto mais alto de Portugal e o terceiro maior vulcão do oceano Atlântico".
Segundo o governante, "a Casa dos Vulcões constituirá o ponto de partida para a exploração e conhecimento desse património geológico, dotando a ilha do Pico de um centro de interpretação que lhe dê o devido destaque, em complemento do apoio à visitação proporcionado pela Casa da Montanha".
"Por outro lado, a intervenção promove a recuperação do património edificado do núcleo do Lajido de Santa Luzia, ao ser executada com base nas ruínas" de dois armazéns tradicionais, propriedade da região, referiu.
Quanto à exposição permanente da Casa dos Vulcões, "foi idealizada tendo por base um conjunto de módulos que contam a história dos vulcões dos Açores e do mundo", adiantou o secretário regional da Agricultura e Ambiente.
Haverá uma "cápsula sensorial constituída por um domo geodésico representando um veículo destinado a realizar viagens imaginárias ao centro da Terra e onde serão efetuadas projeções audiovisuais sobre o poder dos vulcões".
Neto Viveiros realçou ainda um "simulador de sismos que permite simular, com grande realismo, sismos já ocorridos".
Cada "experiência sísmica dura 90 segundos e é acompanhada de imagens e sons".
"O simulador sísmico pode também ser utilizado como dispositivo pedagógico, no sentido de familiarizar as pessoas, particularmente as mais novas, com os fenómenos sísmicos e com as medidas de precaução e respostas básicas perante a ocorrência deste tipo de eventos", acrescentou o responsável.
O projeto contempla ainda uma área educativa, denominada "Cantinhos dos Vulcões", o que vai tornar o espaço "não apenas um centro de interpretação orientado para os turistas e público em geral, mas também um espaço de conhecimento e aprendizagem dirigido aos mais novos, onde serão desenvolvidas práticas cognitivas específicas, incluindo uma oficina de desenho, modelação e impressão 3D".
O concurso público para a construção da Casa dos Vulcões, que integrará a rede regional de centros ambientais, vai ser lançado nos próximos dias. Tem um prazo de execução de 450 dias.
[Fonte da notícia: Açoriano Oriental | Intervenção do Secretário Regional da Agricultura e Ambiente | Reportagem RTP-Açores]
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[16/dez/2016 — Lançado concurso público em jornal oficial]
[24/abr/2017 — Adjudicada a empreitada de execução da Casa dos Vulcões]
[14/set/2017 — Lançada primeira pedra]
Local:
Cais do Pico, Portugal
Etiquetas:
Entidades,
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Património,
Planos futuros,
Turismo
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