A Secretaria Regional da Agricultura e Florestas e a Direção Geral de Alimentação e Veterinária, em articulação estreita com o operador, viabilizaram a primeira exportação de bovinos vivos dos Açores para Marrocos.
Os 58 bovinos machos cruzados de raças de carne, com idades entre 8 e 12 meses, provenientes de duas explorações da ilha do Pico, chegaram quarta-feira àquele país africano.
Esta é uma operação muito relevante para a agropecuária açoriana, numa altura em que as barreiras sanitárias são cada vez mais um sério entrave à movimentação de animais e, deste modo, ao comércio de animais vivos e seus produtos.
O reconhecido estatuto sanitário dos efetivos bovinos dos Açores tem permitido o envio de animais vivos para a União Europeia (Espanha) e agora, pela primeira vez, possibilitou que fossem exportados para Marrocos.
Numa época em que não existem fronteiras físicas entre os Estados Membros, este progresso é assim de vital importância para o desenvolvimento de novas relações comerciais dos empresários açorianos, neste caso com países terceiros.
Está já em preparação outro processo de exportação para o mesmo destino de um novo lote de animais.
A conquista de novos mercados, como o de Marrocos, pode constituir um importante estímulo para a produção de bovinos nos Açores, quer para produção de carne, quer para a reprodução, sejam eles de vocação de leite ou de carne, podendo representar um importante incentivo à melhoria dos preços pagos aos produtores açorianos, aumentando os seus rendimentos, particularmente num período desafiante para a agropecuária açoriana.
Este facto é também um sinal aos operadores económicos europeus e estrangeiros para a qualidade e potencialidades dos animais açorianos, podendo indicar o ponto de partida para novas realidades no comércio e na produção de carne e de genética na Região.
[Fonte da notícia: GaCS]
Recorde-se que do total de explorações dos Açores que se dedicam à produção de gado de carne com Identificação de Origem Protegida (IGP), é na ilha do Pico que se situa a grande maioria destas explorações (quase 40% do todo regional), o que significa que esta é a ilha que mais produz carne nos Açores.
Haja saúde!
© Taus |
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