A Central de Ondas do Pico, criada em 1999 e encerrada desde junho de 2016, pode voltar a abrir portas. O Governo Regional quer que a estrutura tenha um papel preponderante na investigação em torno da produção energética a partir do mar.
“Nós pretendemos reativar essa estrutura em pleno funcionamento, não numa ótica de produção de eletricidade em exclusivo, porque a tecnologia que existe atualmente ainda é bastante imatura, com custos bastante elevados, mas sim na ótica de criar as condições necessárias para desenvolver uma zona de testes de soluções emergentes nesta área e, portanto, usufruir de todo este potencial também para investigação e desenvolvimento”, fez saber Andreia Carreiro, diretora regional da Energia.
A responsável, que participou, em Lisboa, na conferência “Energias Renováveis Oceânicas: uma estratégia industrial e exportadora”, disse ainda que o Executivo está, neste momento, a procurar as soluções quer para ultrapassar o desgaste a que a infraestrutura esteve sujeita, quer para reativar a central. Em cima da mesa está ainda a possibilidade de criação de um consórcio capaz de dinamizar o lugar.
“Neste momento a Central de Energia das Ondas carece de intervenção devido ao desgaste que teve ao longo dos anos e, neste momento, nós estamos seguramente a trabalhar nesse sentido. Estamos empenhados em encontrar as melhores soluções para tentar reativá-la e pô-la em funcionamento, estamos a analisar diversos sistemas de incentivos em investigação e desenvolvimento tecnológico para assegurar essa reparação e, simultaneamente, pretendemos criar um consórcio capaz de a dinamizar com um espaço de interpretação, testes e demonstrações dessas funções tecnológicas associadas às energias renováveis oceânicas”, disse.
Segundo Andreia Carreiro, o arquipélago pode, aliás, ser um laboratório vivo para o teste de soluções aplicadas às energias renováveis. Neste momento, sustenta a responsável, esse é a relação que a Região pode ter com a produção energética a partir do mar, até porque a tecnologia necessária para o aproveitamento desse potencial ainda não está desenvolvida.
“Queremos, sim, acompanhar essa tecnologia, participar no desenvolvimento dela, criando as condições necessárias para que elas sejam testadas nos Açores. Os Açores acabam por ser um local fantástico para fazer todos os testes, toda a verificação, toda a validação em ambiente real porque, de facto, nós conseguimos oferecer um diverso espetro de cenários a que estamos sujeitos. Nós conseguimos oferecer as condições mais amenas e as condições mais adversas. Qualquer solução testada nos Açores é uma solução bem aplicada a qualquer outra zona do mundo”, adiantou.
Declarações áudio da Diretora Regional da Energia
[Texto extraído do jornal 'Diário Insular' de 8 de março de 2017 | Fonte do áudio: RTP-Açores]
Haja saúde!
Post scriptum: Em abril de 2018, a Central de Energia das Ondas do Pico foi destruída.
Olá Ivo,
ResponderEliminarEstás bom?
Existem mais novidades sobre este tema?
Um abraço.
Boas,
ResponderEliminarQue eu tenha informação, ainda não há novidades.
Em todo o caso, se e quando houver, farei um post sobre o assunto.
Haja saúde!