Foto: Nelson Silva, vencedor do Concurso de Fotografia Montanha "Os Pontos Mais Altos de Portugal". |
"Montanhas sob pressão: clima, fome, migração" é o tema escolhido pela Mountain Partnership, das Nações Unidas, para a celebração do Dia Internacional da Montanha, 11 de dezembro. Como entidade parceira, a MiratecArts marca este dia com o lançamento do programa do Montanha Pico Festival, que decorre no mês de janeiro, na ilha do Pico, nos Açores. Este ano, a associação também pretende adicionar um projeto artístico que siga o tema internacional, assim como ao concurso de fotografia.
Sendo assim, as candidaturas estão abertas a artistas interessados em desenvolver o tema através das artes. Os interessados podem contactar via email montanhapicofestival@gmail.com com um texto explanatório de como pretendem desenvolver o tema, não esquecendo o orçamento para executar e/ou apresentar o projeto, na ilha do Pico.
Quanto ao Concurso de Fotografia Montanha, o tema do ano também entra em vigor. Outras propostas, em geral, sobre a temática montanha, e não necessariamente seguindo o tema do ano, também estão agora abertas, até 1 de novembro. Para mais detalhes visite www.picofestival.com
Cerca de um bilião de pessoas vivem em áreas de montanha e mais da metade da população humana depende de montanhas para água, comida e energia limpa. No entanto, as montanhas estão sob muitas ameaças como a mudança climática, a degradação da terra, a sobre-exploração e as catástrofes naturais, todas com consequências potencialmente profundas e devastadoras, tanto para as comunidades montanhosas como para o resto do mundo.
As montanhas são indicadores iniciais das mudanças climáticas e, à medida que o clima global continua a aquecer, as pessoas da montanha - algumas das mais pobres do mundo - enfrentam muitos obstáculos para sobreviver. O aumento das temperaturas também significa que as geleiras das montanhas estão a derreter, a taxas sem precedentes, afetando os suprimentos de água doce a jusante, para milhões de pessoas. As comunidades de montanha, no entanto, têm uma riqueza de conhecimentos e estratégias acumuladas ao longo de gerações, nomeadamente sobre como se adaptar à variabilidade climática.
As mudanças e a variabilidade climática e ainda as catástrofes provocadas pelo clima, combinadas com a marginalização política, económica e social, aumentam a vulnerabilidade dos povos da montanha quanto à escassez de alimentos e à pobreza extrema. Atualmente, estima-se que cerca de 39% da população montanhosa, em países em desenvolvimento, ou 329 milhões de pessoas, são vulneráveis à insegurança alimentar.
À medida que a vulnerabilidade das populações montanhosas cresce, a migração aumenta - tanto no exterior como para os centros urbanos. Aqueles que permanecem são, muitas vezes, mulheres, deixadas para administrar os campos, embora com pouco acesso a crédito, a treino e aos direitos de posse da terra. A migração externa das áreas de montanha também resultará numa perda inestimável, em termos de provisão de serviços de ecossistemas e preservação da cultura e agro-biodiversidade. Investimentos e políticas podem aliviar as duras condições de vida das comunidades de montanha e reverter as tendências de migração dessas mesma áreas.
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