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| Fonte: IPMA |
O furacão "Ophelia" deverá passar hoje (14 de outubro de 2017) a sudeste do arquipélago açoriano, afetando sobretudo o grupo oriental (ilhas de Santa Maria e de São Miguel). Contudo, e ao mesmo tempo, uma superfície frontal fria irá cruzar todas as ilhas dos Açores, no sentido noroeste-sudeste.
Assim, esperam-se ventos na ordem dos 65 km/h em Santa Maria e São Miguel, mas rajadas de vento que podem ultrapassar os 100 km/h nestas ilhas. No entanto, quando a superfície frontal fria se encontrar com o furacão, todo o arquipélago dos Açores vai ser afetado por chuvas muito fortes que podem causar mais danos do que o próprio furacão.
Por esta razão, foram emitidos uma série de alertas por parte da proteção civil açoriana, onde se incluem alertas vermelhos devido à precipitação — prevê-se que, em algumas zonas, possa chover mais de 40 litros por metro quadrado num período de uma hora.
Apesar de a passagem de um furacão por terras açorianas ser sempre motivo de notícia devido à sua raridade, este não é um fenómeno anormal, tendo já ocorrido algumas vezes no passado. Além disso, o povo açoriano encara sempre de forma muito prudente estes fenómenos naturais, precavendo-se de forma exemplar (várias estradas estão com a circulação temporariamente condicionada, os barcos são recolhidos para terra, vários contentores de lixo são amarrados às paredes, entre outros exemplos).
Espera-se e deseja-se que, no fim, o resultado desta "tempestade perfeita", derivada do encontro entre um furacão e uma superfície frontal fria, seja também o habitual: umas árvores caídas cá e lá, alguns voos cancelados e mais um grande exemplo de que vale a pena prevenir para depois não ter de remediar.
Para quem quiser seguir esta interação entre estes dois fenómenos atmosféricos, sugere-se que se observem as webcams disponíveis no site SPOTAZORES [www.spotazores.com], onde é possível observar em direto vários pontos de todas as ilhas do arquipélago [em anexo apresentam-se as imagens relativas à ilha do Pico]. Adicionalmente, a previsão dos efeitos do movimento do furacão e da superfície frontal fria podem ser encontrados em vários sites, tais como o Windyty [www.windyty.com — animação da previsão da precipitação em anexo], o Dark Sky Maps [maps.darksky.net — previsão da precipitação em anexo], o IPMA [www.ipma.pt] ou o site do centro norte-americano para os furacões [www.nhc.noaa.gov — exemplo de imagem satélite em anexo].
Haja saúde!
Post scriptum: Links para alguns vídeos registando a precipitação elevada que ocorreu na ilha do Pico (em apenas cinco horas, caíram 51 litros por metro quadrado de precipitação) — link 1 | link 2.
São Roque do Pico
Lajes do Pico
Madalena
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| Fonte: NOAA |
Pelo Reino Unido, especialmente pelo Sul, ocorreu um fenómeno estranho, com um céu cinzento/alaranjado e Sol cor-laranja durante a maior parte do dia.
ResponderEliminarHa suspeitas pelos canais públicos que se trata de areia do Sahara, mas a comunidade cientifica esta de acordo com as observações de emissões de gases e poeiras relacionadas com fogo florestal, do Nordeste de Espanha e Portugal.
Em anexo uma imagem, com descrições por esta ordem:
https://uploads.disquscdn.com/images/1cf10cdc7c00b8332a4da314a5be7cd5ef4b6c5f775b260ca610126a80a50ed7.gif
- intensidade (potencia) de fogo (produto CAMS, com valores extremos sobre a Península Ibérica)
- observações visuais da pluma de fumo, cores artificiais
- observações químicas
- observações visuais mostrado o rasto da pluma
Os ventos fortes do Ofélia incentivaram os incêndios, com o escoamento troposférico (do mesmo furação) a causar a propagação da pluma ate ao Reino Unido. Um fenómeno que liga toda a Europa!
Muito obrigado pelo esclarecimento técnico/científico!
ResponderEliminarRealmente foi uma conjugação de fenómenos estranhos que levou à "tempestade perfeita", a qual felizmente não teve consequências de maior nos Açores mas infelizmente teve (e grandes) no Continente.
Haja saúde!