Blog sobre um pouco de tudo relacionado com a ilha montanha, sendo dado destaque à zona do Cais do Pico, à vila e ao concelho de São Roque do Pico
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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Pico no centro da excelência dos produtos açorianos
O arquipélago dos Açores é reconhecido a nível nacional pela elevada qualidade de vários produtos alimentares aqui produzidos, nomeadamente fruta, mel, queijo, carne e vinho, entre outros. Quem visita as ilhas açorianas não só tem a oportunidade de apreciar a natureza em estado puro, mas também consegue embarcar numa fantástica viagem gastronómica.
Por outro lado, fora do arquipélago também é possível adquirir alguns destes produtos. Por exemplo, a Makro Portugal, líder na distribuição grossista, anunciou recentemente o início do processo de comercialização de Carne dos Açores com certificação IGP, disponibilizando carne fresca de Novilho e Vitelão 'Prado Atlântico'. Esta marca de Carne dos Açores resulta da valorização feita pela Cooperativa Verde Atlântico, com sede na ilha do Pico, ao embalar, na Região, a carne em vácuo, garantindo assim a sua qualidade IGP, isto é, que a carne é nascida, criada e abatida no arquipélago dos Açores, segundo um método tradicional e de produção 100% natural.
O vinho açoriano é outro produto que já vai sendo encontrado um pouco por todo o território nacional. Também neste âmbito a ilha montanha desempenha um papel central: é no Pico que se localiza a esmagadora área de vinha açoriana e respetiva produção, cujos vinhos, muitos deles produzidos em plena paisagem património mundial, têm merecido destaques nacionais e internacionais. Além disso, e como prova de que a excelência pode ser não só produzida, mas também comprovada na Região, o Laboratório Regional de Enologia, localizado na ilha montanha, vai passar a realizar análises às amostras de vinho candidatos à certificação — este é um sinal de afirmação e de reconhecimento de que é possível poupar tempo e dinheiro em certificações através do investimento em zonas mais longínquas dos grandes centros de decisão.
Esta associação entre a ilha do Pico e a qualidade dos produtos alimentares açorianos não é um mero acaso: é fruto da dedicação secular do picaroto em conseguir extrair sustento de uma paisagem que, à primeira vista, parecia inóspita, dando assim origem a produtos únicos no mundo. E os exemplos não se ficam pela carne e pelo vinho: o Queijo do Pico integra a lista dos melhores queijos de Portugal, bem como o Mel do Pico é reconhecido a nível nacional.
Em suma, o Pico está no centro da excelência dos produtos açorianos e isso merece ser reconhecido.
Haja saúde!
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
Museu do Pico apresenta várias exposições neste início de 2018
O Museu do Pico tem patentes as exposições de fotografia "O Espírito do Lugar", de Rainer Hellberg, no Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico, e "Rostos de Sal", de Kai-Uwe Franz, no Museu da Indústria Baleeira, em São Roque do Pico.
As fotografias que integram a exposição "O Espírito do Lugar", propriedade do Museu do Pico desde 2011, estarão patentes até 1 de abril de 2018, enquanto a mostra intitulada "Rostos de Sal" pode ser visitada até 27 de maio de 2018.
No verão de 1975, o alemão Rainer Hellberg e a sua mulher Fernanda, nascida no Pico, realizaram, durante uma visita a esta ilha, o registo fotográfico do desmancho de uma baleia no pátio da fábrica Armações Baleeiras Reunidas Lda., de São Roque do Pico, atual Museu da Indústria Baleeira.
Décadas mais tarde, o casal dou este espólio fotográfico ao Museu do Pico, dando um contributo valioso para o aprofundamento da cultura da baleação em São Roque do Pico.
A exposição "Rostos de Sal" resulta da passagem pelo Pico, em 2010, do fotógrafo Kai-Uwe Franz, num projeto que deve ser também entendido como uma homenagem a todos os baleeiros do Pico e dos Açores.
Adicionalmente, a partir de 4 de fevereiro e até 1 de abril deste ano de 2018, o Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico acolhe a exposição de pintura "Saudade", de Martim Cymbron, cujo objetivo é celebrar o 'Jardim Saudade', dedicado à planta florífera scabiosa.
Haja saúde!
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
Magazine Açores — Lajes do Pico
Apresenta-se, em anexo, o episódio dedicado às Lajes do Pico da série televisiva 'Magazine Açores', a qual pretender dar a conhecer os 19 concelhos do arquipélago açoriano, destacando os seus valores patrimoniais, culturais e ambientais.
Haja saúde!
domingo, 28 de janeiro de 2018
Pico terá quatro ligações semanais com Lisboa no verão de 2018
O presidente do Grupo SATA, Paulo Menezes, acaba de anunciar que, durante o verão de 2018, a ilha montanha será servida por quatro ligações semanais Lisboa/Pico/Lisboa [vídeo em anexo].
Este anúncio foi feito à chegada aos Açores do novo avião A321neo da Azores Airlines (o qual não pode operar na ilha montanha enquanto a sua pista não for aumentada), sendo que foi igualmente afirmado que a ilha do Pico terá um reforço nos voos interilhas também durante o verão de 2018.
É justo reconhecer que estamos perante o cumprimento de uma promessa: a 2 de dezembro de 2016, o presidente do Grupo SATA tinha prometido quatro voos diretos semanais (no mínimo) entre Lisboa e o Pico, nos meses de junho, julho e agosto de 2018, devido ao crescimento sustentado que esta rota tem registado.
Por outro lado, vale a pena recordar o historial da ligação entre Lisboa e o Pico:
- 2005 (20 de abril) — a TAP efetua o primeiro voo entre a capital portuguesa e a ilha montanha, inaugurando assim a rota Lisboa/Pico/Terceira/Lisboa, contando a mesma com uma ligação semanal.
- 2007 — a rota Lisboa/Pico/Terceira/Lisboa passa a ter duas frequências semanais nos meses de julho e agosto.
- 2013 — a ligação entre Lisboa e o Pico passa a ser direta em ambos os sentidos (sem escala na ilha Terceira) de junho a setembro (situação igualmente aplicável à segunda frequência semanal, existente durante os meses de julho e agosto).
- 2015 (30 de abril) — a SATA substitui a TAP nas ligações aéreas entre a capital portuguesa e a ilha montanha, efetuando nesta data o seu primeiro voo da rota Lisboa/Pico/Terceira/Lisboa, a qual passa a contar com duas frequência semanais (mínimo) durante todo o ano.
- 2015 — as ligações entre Lisboa e o Pico passam a ser diretas em ambos os sentidos (sem escala na ilha Terceira) em julho e agosto, sendo que algumas semanas destes meses são contempladas com três frequências semanais.
- 2016 — a rota Lisboa/Pico/Lisboa passa a contar, de maio a setembro, com três ligações semanais, sendo que todas elas são diretas em ambos os sentidos.
- 2017 — a maioria dos voos entre Lisboa e o Pico efetuados durante o inverno passam a ser diretos em ambos os sentidos, bem como passa a existir três frequências semanais de abril a outubro.
- 2018 — todos os voos planeados Lisboa/Pico/Lisboa são diretos em ambos os sentidos, prevendo-se duas frequências semanais durante o inverno, três ligações por semana em abril, maio, setembro e outubro, e quatro rotações semanais nos meses de junho, julho e agosto.
Como é possível observar, a rota Lisboa/Pico/Lisboa tem vindo a consolidar-se, registando um crescimento contínuo ao longo do tempo. Esta é uma rota fundamental para o "Triângulo", pois serve como porta de entrada e saída para as ilhas do Pico, Faial e São Jorge (aliás, no ato de reserva do bilhete aéreo, é possível reservar também o bilhete marítimo). Adicionalmente, este recente anúncio de mais voos para o Pico comprova claramente que a oferta existente não satisfaz a elevada procura que a ilha montanha regista atualmente.
Resumindo, os números não enganam: o Pico está na moda!
sábado, 27 de janeiro de 2018
Afinal, talvez seja este o drone que mais alto voou em Portugal
No seguimento do post intitulado "O drone que mais alto voou em Portugal", um debate saudável surgiu sobre se efetivamente estávamos a falar do veículo aéreo não tripulado que mais alto tinha voado no nosso país.
Várias foram as magníficas fotos apresentadas relativas a outros voos sobre a montanha do Pico [fotos em anexo], o que se revelou muito positivo, pois permitiu que estas belas imagens ficassem disponíveis para uma maior audiência.
Contudo, há uma fotografia que merece destaque [a do início deste post]: em outubro de 2016, João Quaresma captou uma imagem da montanha do Pico a 2.800 metros de altitude, recorrendo para o efeito a um equipamento que, afinal, talvez seja o drone que mais alto voou em Portugal!
Haja saúde!
sexta-feira, 26 de janeiro de 2018
Exposição "Bipolar" mostra a ilha do Pico na Roménia
A exposição "Bipolar", de Gergely Ernő Endre, está aberta para visitantes até 11 de fevereiro de 2018, na Universidade Partium Christian de Oradea, na Roménia. O artista selecionou as suas imagens favoritas fotografadas na ilha do Pico, em janeiro de 2016, durante a sua residência com a MiratecArts, no âmbito do "Montanha Pico Festival".
As fotos do Pico, deste artista, renderam-lhe prémios em festivais internacionais de fotografia, incluindo uma Menção Honrosa no MIFA — Moscow International Foto Awards. Agora, no seu país de origem, o seu trabalho está sendo exibido num local de prestígio.
As residências artísticas da MiratecArts incentivam os artistas de qualquer ilha ou qualquer país a investirem o seu tempo no Pico para pesquisar, desenvolver e criar projetos que reflitam os Açores hoje e suas pessoas multifacetadas. Os artistas são encorajados a defender os ideais tradicionais, mas a não ter medo de moldá-los a partir de um ponto de vista contemporâneo.
Haja saúde!
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Transporte aéreo nos Açores — análise ao ano de 2017
O Serviço Regional de Estatística dos Açores divulgou recentemente os dados relativos ao transporte aéreo que permitem fazer uma análise a todo o ano de 2017. As estatísticas mostram que continua a haver um crescimento dos passageiros aéreos de e para todas as ilhas açorianas, o qual atingiu 18,4% como valor médio.
Analisando com mais detalhe, verifica-se que apenas a ilha de São Miguel registou um crescimento acima da média regional (23,0%). Por outras palavras, existe um claro desequilíbrio face ao restante arquipélago, o que pode ser resultado de uma maior procura deste destino em relação às restantes ilhas e/ou devido ao uso do respetivo aeroporto como principal porta de entrada dos Açores, sobretudo atendendo aos voos internacionais e low cost.
Existe um outro fator que pode igualmente estar a contribuir para o acentuar da diferença entre a ilha de São Miguel e as restantes no que toca ao crescimento aéreo: apesar de existirem encaminhamentos gratuitos interilhas para quem parte do território nacional e tem de fazer escala numa ilha que não a do destino final, o mesmo não se aplica quando o passageiro é proveniente do estrangeiro. Dito de outra forma, quem voe entre o Continente ou a Madeira e São Miguel, consegue chegar depois a outra ilha sem qualquer custo adicional, mas quem voe de Londres para São Miguel, por exemplo, tem de desembolsar mais dinheiro para conseguir chegar a outra ilha. Esta situação desincentiva a visita de muitos turistas a outros pontos da região — sobretudo quando, por exemplo, o preço de um voo low cost Londres/Ponta Delgada/Londres atinge os 50 € e um interilhas ronda os 175 € para não residentes — criando assim uma dupla insularidade, a qual faz com que nem todas as ilhas e respetivas economias beneficiem de igual forma das acessibilidades ao exterior da região.
Analisando de novo os números regionais do transporte aéreo em 2017, a ilha do Pico foi a que registou o menor crescimento percentual face a 2016 (1,4%). Notando mais uma vez que todas a ilhas cresceram em termos de passageiros aéreos, a questão que se põe é: porque cresceu a ilha montanha bastante menos do que as outras, quando em 2016 foi a que registou o maior crescimento a nível Açores? A resposta mais imediata seria afirmar que o destino Pico está a atingir um ponto de saturação, isto é, que a procura está a crescer mas a um ritmo mais lento. Contudo, esta saturação pode ser artificial, como se demonstra de seguida.
Em primeiro lugar, a ilha do Pico desempenha atualmente um papel crucial no acesso às ilhas do "Triângulo", o qual é comprovado pelas estatísticas: somando os passageiros aéreos de e para o Pico, Faial e São Jorge, o crescimento percentual obtido (5,8%) é, mesmo assim, inferior a qualquer outra ilha, excepto o Pico. Por outras palavras, se a ilha montanha não cresce, o "Triângulo" regista logo uma quebra significativa.
Mas então, quais foram as razões que levaram ao crescimento anémico registado no Pico? A resposta é dada por várias situações registadas em 2017:
- No início da época alta, quase metade dos dias (45%) com voos totalmente esgotados nos Açores foram registados na ilha do Pico, gerando assim um novo tipo de "isolamento" da ilha montanha sem paralelo na região;
- Por outro lado, as simulações de viagens no "pico" do verão mostraram que as viagens aéreas para o Pico estavam mais caras quando comparadas com destinos vizinhos;
- As estatísticas de julho 2017 mostraram que foram oferecidos menos lugares nos voos para a ilha do Pico do que os passageiros desembarcados em julho de 2016, ou seja, por mais que crescesse a lotação nos voos, as estatísticas diriam sempre que os passageiros decrescem, dando assim origem a um "crescimento negativo";
- A situação anterior, um tanto ou quanto paradoxal, atingiu o cúmulo em agosto, onde voos com taxas de ocupação de 100% originaram um decréscimo nos passageiros transportados para a ilha montanha;
- Mais recentemente, o Pico voltou a registar, durante a época natalícia, menos voos disponíveis do que qualquer outra ilha dos Açores.
Adicionalmente, e quando comparado com 2016, o Pico deixou de contar com a ligação da TUI proveniente de Amesterdão, a qual tinha contribuído com 1.300 passageiros. Mais ainda, a ilha montanha registou, em 2017, menos 10 rotações com Lisboa do que no ano imediatamente anterior, o que implicou uma redução de 3.300 lugares oferecidos numa rota sujeita a obrigações de serviço público que se têm revelado completamente subdimensionadas face à realidade observada na ilha montanha.
Com tantas vicissitudes em 2017, nomeadamente uma oferta aérea para o Pico que não esteve ajustada à procura e por ter sido a ilha mais prejudicada no contexto regional em plena época alta, por incrível que possa parecer, a ilha do Pico ainda conseguiu registar um crescimento positivo no total anual dos passageiros aéreos transportados de e para a ilha montanha!
Uma justificação para ter havido este crescimento no Pico, apesar de ter sido uma ilha bastante castigada nos critérios de igualdade de mobilidade aérea em relação a outras ilhas, pode estar relacionada com o movimento médio de passageiros por voo. Calculando esta estatística, tendo em consideração a soma dos embarques e dos desembarques, e sem contar com os passageiros em trânsito, verifica-se que, em 2017, os voos para a ilha montanha geraram o terceiro maior movimento médio de passageiros no arquipélago (115 passageiros), apenas superado pelas ilhas Terceira (116) e São Miguel (192) — ilhas onde conseguem operar aviões com capacidade para mais passageiros do que no caso do Pico.
Em suma, os aviões que servem o Pico ou estão quase cheios, ou então estão mesmo esgotados, o que significa que para haver um maior crescimento de passageiros aéreos para este destino, só se houver mais voos e maior disponibilidade de lugares para a ilha montanha!
Haja saúde!
Post scriptum: Este artigo foi igualmente publicado na edição n.º 41.480 do 'Diário dos Açores', de 26 de janeiro de 2018.
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
Cais Agosto 2018
Entre 25 e 29 de julho de 2018 decorre a XXIV edição do festival "Cais Agosto", as maiores festas do concelho de São Roque do Pico.
Para além do XIII Festival de Bandas Filarmónicas da ilha do Pico, os cabeças de cartaz são:
- Miguel Gameiro (quarta-feira, 25 de julho);
- HMB (quinta-feira, 26 de julho);
- David Carreira (sexta-feira, 27 de julho);
- UHF (sábado, 28 de julho);
- Diogo Piçarra (domingo, 29 de julho).
Haja saúde!
[Nota: Este post irá sendo atualizado à medida que forem surgindo mais informações relacionadas com este evento (última atualização: 18 de março de 2019). Consulte também o Facebook oficial do festival "Cais Agosto". | Horários viagens marítimas Cais Agosto 2018]
Reportagens:
- Quarta-feira (25 de julho): fotos 1 | fotos 2 | fotos 3 | fotos 4 | fotos 5 | fotos 6 | fotos 7 | vídeo 1 | vídeo 2 | vídeo 3 | vídeo 4 | vídeo 5 | vídeo 6 | vídeo 7 | vídeo 8 | vídeo 9 | vídeo 10 | vídeo 11 | vídeo 12 | vídeo 13.
- Quinta-feira (26 de julho): fotos 1 | fotos 2 | fotos 3 | vídeo 1 | vídeo 2 | vídeo 3 | vídeo 4 | vídeo 5 | vídeo 6 | vídeo 7 | vídeo 8 | vídeo 9 | vídeo 10.
- Sexta-feira (27 de julho): fotos 1 | fotos 2 | fotos 3 | fotos 4 | fotos 5 | vídeo 1 | vídeo 2 | vídeo 3.
- Sábado (28 de julho): reportagem 1 | fotos 1 | fotos 2 | fotos 3 | fotos 4 | fotos 5 | vídeo 1 | vídeo 2 | vídeo 3 | vídeo 4 | vídeo 5 | vídeo 6 | vídeo 7.
- Domingo (29 de julho): fotos 1 | fotos 2 | fotos 3 | fotos 4 | fotos 5 | fotos 6 | vídeo 1 | vídeo 2 | vídeo 3 | vídeo 4 | vídeo 5 | vídeo 6 | vídeo 7 | vídeo 8 | vídeo 9 | vídeo 10.