Blog sobre um pouco de tudo relacionado com a ilha montanha, sendo dado destaque à zona do Cais do Pico, à vila e ao concelho de São Roque do Pico
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sábado, 31 de março de 2018
80% do Pico diz SIM às artes
A associação MiratecArts liderou um inquérito na ilha do Pico, no primeiro trimestre de 2018. O objetivo é de conhecer melhor os/as picoenses (as pessoas que vivem no Pico) e tentar refletir através da programação entre as quais mostras, workshops, conversas e projetos em desenvolvimento, o que é mais necessário para a ilha, assim como, também, averiguar o que a população tem interesse em ver desenvolvidos através da cultura artística.
A montanha, a música, as sopas do Espírito Santo e o restaurante Ancoradouro foram as escolhas picoenses, num inquérito que destacava a cultura artística, o turismo e a gastronomia do Pico. 80% dos respondentes dizem que a arte é um ponto fundamental para o desenvolvimento da ilha, enquanto 15% fica por um "talvez".
Respondentes dos 3 concelhos da ilha (proporcional ao número da população); 58% identificaram-se do género feminino e 42% masculino; 45% menores de 20 anos, 44% entre os 20 e 49 anos, e 11% dos respondentes com mais de 50 anos de idade.
As áreas de maior INTERESSE ARTÍSTICO para os/as picoenses é a música, com 36%; seguido da dança, com 28%; o teatro, a 25%; a arte plástica, a 10%; e o cinema, com 1%. A associação teve o cuidado de chegar aos mais jovens diferentemente do que acontece com este tipo de inquéritos.
TOP ATRAÇÕES TURÍSTICAS no Pico, escolhidas pelos picoenses são lideradas pela própria montanha, seguido pelas vinhas, lagoas, grutas e furnas, whale watching, museus, maroiços e miradouros, moinhos, zonas balneares e trilhos pedestres. O ponto turístico que os/as picoenses mais apreciam e promovem é a montanha, seguido da Paisagem da Vinha. O inquérito também incluiu uma pergunta mais específica sobre os VESTÍGIOS DO PASSADO: a zona da Paisagem da Vinha, a zona do Lajido e as Relheiras, Moinhos e Maroiços e os Museus são os locais mais mencionados e indicados por picoenses, para serem apreciados por quem nos visita e deseja ter conexão com o passado.
PICOENSES E A GASTRONOMIA. A questão sobre pratos típicos era aberta e os/as respondentes nomearam o seu prato favorito. As sopas do Espírito Santo foi o mais mencionado prato típico; linguiça com vários acompanhamentos também recebeu destaque e o caldo de peixe fechou os top 3. Com algumas menções também para as lapas, os torresmos, o bolo e o pão de milho do Pico. Em termos da restauração, temos o prazer de apontar que o restaurante com a mais longa parceria com a MiratecArts é o favorito do Pico: Ancoradouro.
Terry Costa, diretor artístico da MiratecArts, agradece à estagiária Anabela Nunes Pereira, que liderou os inquéritos e relatório final e ao jovem Marco Leal, que está com a associação através do programa OTL-J da Direção Regional da Juventude que também ajudou com os inquéritos. "Esta informação vai ajudar a moldar futuros projetos da associação." avança Terry Costa. "Foi curioso de ver os moinhos serem mencionados tantas vezes, pois temos um projeto nessa vertente já em andamento. Agradeço aos respondentes que investiram algum do seu tempo para nos ajudar com o inquérito e, no final, mostrarem que temos muito trabalho a fazer, desde a educação à oferta cultural artística na nossa ilha."
[Fonte: DiscoverAzores]
Haja saúde!
sexta-feira, 30 de março de 2018
Razões para visitar o Pico
Muitas vezes, quando a conversa aborda a ilha montanha, quem nunca aqui esteve questiona: mas que razões existem para visitar o Pico?
Pois bem, a resposta não caberia num post com tamanho normal, nem um qualquer resumo seria justo face ao que seria deixado de fora. No entanto, e como uma imagem vale mais do que mil palavras, aqui ficam alguns vídeos que falam por si — mas atenção: quem vier ao Pico, muito mais poderá descobrir!
Haja saúde!
quinta-feira, 29 de março de 2018
Picaroto nomeado para os "Internacional Portuguese Music Awards 2018"
[Post scritpum: Zé Duarte foi o grande vencedor na categoria "Música Popular"]
O artista Zé Duarte, picaroto radicado há muitos anos em San Diego, Califórnia (EUA), está entre os nomeados da edição de 2018 dos "Internacional Portuguese Music Awards".
O seu tema 'Haja Saúde' concorre em duas categorias: "Música Popular" e "Escolha do Público".
É possível votar neste tema de Zé Duarte através do seguinte link (qualquer pessoa pode votar múltiplas vezes, estando limitada a um voto a cada seis horas): http://ipmaawards.com/vote/
Os "Internacional Portuguese Music Awards" são uns prémios que visam reconhecer os feitos de excelência alcançados na indústria musical por artistas com ascendência portuguesa, sendo que as várias categorias pretendem mostrar como os artistas inspiram o público em todo o mundo.
À exceção da categoria "Escolha do Público", onde o tema vencedor é escolhido por votação online do público em geral, os vencedores das restantes 12 categorias são escolhidos por um painel de profissionais da indústria musical. A cerimónia de entrega dos prémios de 2018 decorrerá no próximo dia 21 de abril em New Bedford, Massachusetts (EUA).
Finalmente, encontra-se em anexo o áudio do tema 'Haja Saúde'.
Haja saúde!
('Haja Saúde' © Zé Duarte)
quarta-feira, 28 de março de 2018
Fica no Pico um dos melhores museus de Portugal
O Museu dos Baleeiros foi recentemente galardoado com o prémio "Portugal Cinco Estrelas". Este é um reconhecimento dado por votação online a um dos polos do Museu do Pico, tornando-se o mesmo, assim, numa das 79 marcas exclusivamente portuguesas e ícones de referência nacional que para 2018 foram considerados pelos consumidores portugueses como realmente Cinco Estrelas.
Recorde-se que o Museu do Pico, enquadrado na categoria de Museu Regional, reúne, para além do Museu dos Baleeiros, na vila das Lajes, o Museu da Indústria Baleeira, na vila de São Roque, e o Museu do Vinho, na vila da Madalena.
O Museu dos Baleeiros, sendo o único em Portugal especializado na baleação artesanal, estacional e costeira, e o mais visitado dos Açores, em complementaridade com o Museu da Indústria Baleeira assume-se como a única estrutura museológica da Região com potencial para se tornar um espaço privilegiado de explicação global da baleação açoriana.
Para saber mais sobre o Museu do Pico (incluindo visitas virtuais), basta clicar no seguinte link: Museu do Pico - visitas virtuais
Por fim, este galardão comprova que a qualidade do turismo na ilha montanha não se resume à natureza, mas também está presente na cultura e no património.
Haja saúde!
Post scriptum: link para artigo relacionado sobre este assunto.
terça-feira, 27 de março de 2018
Vinhos do Pico em Nova Iorque
A primeira conferência internacional de vinhos vulcânicos, que decorre de 26 a 28 de março de 2018 em Nova Iorque, Estados Unidos da América, conta com a presença de vários vinhos produzidos na ilha montanha. O objetivo é abrir caminho e garantir nichos de mercado para os apreciadores destes vinhos açorianos.
O interesse pelos vinhos produzidos em zonas vulcânicas surgiu através de John Szabo. Depois de ter percorrido diferentes zonas onde se produzem vinhos vulcânicos, o sommelier decidiu juntar empresários, jornalistas e críticos de vinhos numa conferência internacional para debater e aprofundar o conhecimento sobre os vinhos de regiões vulcânicas.
[Fonte: Antena 1 Açores (áudio em anexo) | Guia de apresentação da conferência (pdf em anexo)]
Haja saúde!
segunda-feira, 26 de março de 2018
Edifícios licenciados nos Açores em 2017
De entre os vários dados divulgados pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores, o número de edifícios licenciados permite analisar não só como vai a construção no arquipélago açoriano, mas também a dinâmica existente em cada ilha.
No todo regional, em 2017 foram licenciados 648 edifícios, o que correspondeu a um crescimento de 10,6% face a 2016 (mais 62 edifícios licenciados). Analisando por ilha, em São Miguel foi onde se registou o maior número de edifícios licenciados (331 — 51% do total), seguindo-se o Pico (129 — 20% do total) e depois a Terceira (82 — 13% do total).
Torna-se também interessante comparar estes dados estatísticos com a população de cada ilha, de forma a inferir que ilhas apresentam uma dinâmica de crescimento no que toca a novas construções. Para o efeito, apresenta-se de seguida, e no mesmo gráfico, as percentagens, por ilha, de edifícios licenciados e de população.
Como é possível comprovar, o Pico destaca-se claramente por apresentar uma dinâmica de construção muito maior em relação ao que seria expectável — a ilha montanha regista a maior diferença entre a percentagem de edifícios licenciados e a respetiva população (14 pontos percentuais). Outra forma de tornar evidente esta fantástica dinâmica observada no Pico é notar o seguinte: na ilha montanha reside cerca de 6% da população dos Açores, mas nesta ilha existiram mais edifícios licenciados do que os registados na Terceira e no Faial juntos, ilhas onde somadas residem 29% das pessoas na Região!
Resumindo, os números não enganam: o Pico está na moda!
Haja saúde!
Post scriptum: Esta análise foi igualmente publicada na edição n.º 41.534 do 'Diário dos Açores', de 30 de março de 2018.
domingo, 25 de março de 2018
Horários dos aviões na ilha do Pico — início Verão IATA 2018
A mudança para a hora de verão nos Açores (último domingo de março) coincide também com o início da estação "Verão IATA", onde são reforçadas as ligações aéreas com a ilha do Pico.
Mais concretamente, o aeroporto da ilha montanha passa agora a ter (até 31 de maio de 2018):
- 7 ligações semanais com a ilha Terceira (um voo por dia);
- 10 ligações semanais com a ilha de São Miguel (um voo por dia, reforçado com um segundo voo às segundas, quartas e sextas);
- 3 ligações semanais com Lisboa (voos às segundas, quartas e sábados).
Todos horários dos aviões que servem a ilha do Pico de forma regular encontram-se disponíveis no separador "Aviões" deste blog.
Haja saúde!
Voos regulares
(clique na origem/destino para mais detalhes)
(clique na origem/destino para mais detalhes)
Chegadas ao Pico
Horário | Dom. | 2.ª | 3.ª | 4.ª | 5.ª | 6.ª | Sáb. |
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08h ― 11h |
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11h ― 13h |
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13h ― 15h |
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15h ― 17h |
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17h — 19h |
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Partidas do Pico
Horário | Dom. | 2.ª | 3.ª | 4.ª | 5.ª | 6.ª | Sáb. |
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08h ― 11h |
TER |
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LIS |
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11h ― 13h | TER | TER | |||||
13h ― 15h |
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15h ― 17h | TER |
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17h — 19h |
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sexta-feira, 23 de março de 2018
Azores Granfondo 2018
No dia 8 de abril de 2018, a ilha do Pico recebe a segunda edição do Azores Granfondo. Esta é uma prova de ciclismo que consiste numa corrida de longa distância em estrada. Assim, alia-se a vertente competitiva ao lazer, proporcionando a todos os participantes momentos de descoberta e aventura.
O percurso escolhido para esta edição terá uma extensão de 140 km e, para além da volta à ilha montanha, passará em zonas interiores, não esquecendo a paisagem protegida da vinha. Em alternativa, haverá também um percurso de Mediofondo com cerca de 100 km e que, basicamente, fará a volta à ilha do Pico.
Para mais informações sobre este evento (inscrições, programa, percursos, etc.), basta consultar o link seguinte: Azores Granfondo.
Por fim, aqui fica o teaser desta prova, onde é possível observar algumas das magníficas paisagens da ilha montanha e das quais os ciclistas poderão usufruir.
Haja saúde!
Post scriptum: link para reportagem sobre o Azores Granfondo 2018.
quarta-feira, 21 de março de 2018
O poder da chamarrita do Pico
Ao dia de matança de porco normalmente está associada uma festa, a qual representa uma tradição secular de alegria e de convívio, de forma a celebrar uma importante fonte de alimento para muitas famílias.
A matança de porco na ilha do Pico não é exceção e também aqui a festa é rija. Muitas vezes, esta celebração integra o único baile espontâneo ainda vivo em Portugal: a chamarrita do Pico.
Pois bem, o vídeo em anexo mostra como, numa festa de matança de porco na Prainha, concelho de São Roque do Pico, se baila alegremente uma chamarrita à moda do Pico. No entanto, há uma particularidade neste baile de roda: um dos bailadores não vê, mas isso não só não o impede de bailar a chamarrita, como inclusivamente ele é o mandador da mesma!
Este é mais um exemplo do poder da chamarrita do Pico, a qual já entrou no Guiness World Records e até já se alastrou até ao outro lado do mundo!
Haja saúde!
segunda-feira, 19 de março de 2018
Eis como o turismo no Pico é diferente
Ao longo dos últimos anos, a Região Autónoma dos Açores tem vindo a apostar no turismo associado à natureza, uma forte imagem de marca que tem trazido cada vez turistas a este arquipélago atlântico. Todas as nove ilhas têm belezas fantásticas e, acima de tudo, complementam-se, ou seja, só se conhece verdadeiramente os Açores depois de se visitar todo o arquipélago.
Por outro lado, e devido a estas diferenças entre as ilhas, é natural que o tipo de turista varie um pouco de ilha para ilha. Esta distinção não deve ser olhada como um factor negativo, mas sim como uma forma de perceber como se pode potenciar as mais-valias de cada ilha, ajustando-as melhor a quem as procura. A título de exemplo, existem ilhas mais procuradas por portugueses e menos por estrangeiros, enquanto noutras se verifica a situação inversa; entre os estrangeiros, há ilhas que recebem mais falantes de língua inglesa, ao passo que noutras ouve-se mais o espanhol. Assim, com este tipo de informação detalhada por ilha, os respetivos empresários associados ao turismo podem satisfazer melhor quem os procura e valorizar ainda mais a experiência de conhecer os Açores.
Considerando o que foi mencionado anteriormente, torna-se interessante analisar alguns dados estatísticos relativos ao turismo nos Açores, de forma a perceber algumas particularidades das respetivas ilhas. De entre as várias estatísticas disponíveis, as dormidas são o melhor indicador para perceber qual o tipo de pessoa que mais tempo permanece nas ilhas açorianas, além de que quanto maior o número de dormidas, maior o proveito para a economia regional. Deste modo, e recorrendo aos dados das dormidas nos Açores respeitantes ao ano de 2017, divulgados pelo Serviço Regional de Estatística, apresenta-se de seguida uma análise que permite evidenciar como o turismo varia de ilha para ilha.
Começando pelo tipo de alojamento, pode-se fazer uma distinção entre a hotelaria tradicional (hotéis e similares) e os outros tipos de alojamento, como o turismo no espaço rural, o alojamento local, o campismo, etc. Ao nível de cada ilha, a distribuição entre estes dois tipos de alojamento é bastante díspar: enquanto que nas ilhas Graciosa, Terceira e São Miguel verifica-se que mais de três quartos das dormidas foram efetuadas em unidades de hotelaria tradicional (87%, 82% e 78%, respetivamente), as ilhas do Pico e das Flores destacam-se por serem as únicas onde mais de metade das estadias (51% em ambos os casos) foram efetuadas em outros tipos de alojamento.
Atendendo agora à nacionalidade dos turistas, é possível analisar qual a proporção entre visitantes portugueses e aqueles que são estrangeiros. Mais uma vez, as estatísticas revelam algumas diferenças dentro do arquipélago açoriano: as ilhas Graciosa, Corvo, Santa Maria e Flores receberam mais portugueses (80%, 70%, 68% e 56%, respetivamente), enquanto as restantes foram mais visitadas por estrangeiros, sobressaindo novamente a ilha do Pico por ser a única onde praticamente dois terços das dormidas foram efetuadas por estrangeiros — mais precisamente 65%, o valor mais elevado nos Açores.
Tendo em atenção as duas análises anteriores, comprova-se que a ilha montanha tem um tipo de turismo diferente: o Pico assume-se claramente como um destino onde as pessoas preferem ficar longe de hotéis e que atrai muito mais estrangeiros do que portugueses. De entre todas as dormidas efetuadas na ilha montanha, destacam-se as seguintes: 22% de alemães, 8% de franceses e 5% de holandeses, o que perfaz um total de 35% (tanto quanto a percentagem das dormidas efetuadas por portugueses). O caso do turista alemão que visita o Pico é igualmente único no contexto açoriano: mais nenhuma ilha tem uma percentagem igual ou superior a 20% nas dormidas em relação a uma só nacionalidade que não a portuguesa. Esta constatação mostra igualmente como na ilha montanha vale bem a pena ter em língua alemã várias informações associadas ao turismo, como sejam placas informativas ou menus de restaurantes.
Até agora, as análises foram efetuadas em termos percentuais e por ilha. Contudo, e atendendo a valores absolutos do total regional, o Pico obteve igualmente alguns resultados interessantes. Por exemplo, o segundo maior número de dormidas de alemães nos Açores foi obtido na ilha montanha (8% do total registado na Região, apenas superado pelos 74% registados em São Miguel) — saliente-se que, após os portugueses, os alemães constituem o maior grupo de turistas que visitam os Açores.
Por outro lado, o Pico registou as segundas maiores receitas obtidas na Região no que se refere ao turismo no espaço rural (22% do total obtido nos Açores, apenas superado pelos 34% de São Miguel).
Por fim, ao turismo normalmente está também associado o transporte aéreo, pois o mesmo serve como principal porta de entrada nos Açores. Se se atender ao número de destinos e frequências que servem as diferentes ilhas, o Pico pode ser considerado como a quarta ilha com as melhores acessibilidades com o exterior, depois de São Miguel, Terceira e Faial. No entanto, não só o Pico é a segunda ilha mais procurada por alemães, bem como se juntarmos as receitas do Pico e do Faial obtidas no turismo no espaço rural (um dos expoentes máximos do turismo de natureza), estas são superiores às obtidas em qualquer outro ponto da região. Assim, quando se fala em mais voos do exterior para o "Triângulo", não se trata de nenhum capricho, mas sim de reforçar a enorme procura que se verifica nesta zona do arquipélago. Além disso, quando se equacionar eventualmente mais voos (por exemplo charters) a partir do principal mercado emissor de turistas estrangeiros — a Alemanha — naturalmente a ilha do Pico terá de ser incluída na equação de definição de destinos; se porventura a limitação que se coloca a este tipo de operação é o insuficiente comprimento da pista do Aeroporto do Pico, então a análise ao turismo aqui feita afirma-se como mais uma razão para a sua ampliação.
Resumindo, os números não enganam: o turismo no Pico é diferente!
Haja saúde!
Post scriptum: Esta análise foi igualmente publicada na edição n.º 41.525 do 'Diário dos Açores', de 21 de março de 2018.
domingo, 18 de março de 2018
O novo desafio da vinha do Pico
A Antena 1 Açores noticiou recentemente que a falta de mão de obra condiciona expansão da vinha no Pico [áudio em anexo]. Esta situação tem levado as empresas que trabalham vinhas na ilha do Pico a ponderarem contratar mão de obra noutras ilhas ou até no exterior da Região.
Este é o novo desafio que se coloca à viticultura na ilha montanha, mas um desafio positivo: desta vez não são doenças a atacar a vinha, não é a falta de qualidade do produto final, mas sim não haver mais pessoas para ajudar a criar vinhos que são autênticas dádivas dos deuses.
E porque é que este desafio surge agora? Porque tem havido um processo de reabilitação e manutenção da cultura tradicional da vinha em currais na Paisagem da Cultura da Vinha do Pico, o qual tem contribuído para a recuperação de imensas vinhas abandonadas na ilha montanha — a título de exemplo, a área de produção passou de cerca de 120 hectares em 2004 (data da classificação desta paisagem pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade) para cerca de 700 hectares no presente.
Por outro lado, se atualmente, mesmo com esta fantástica reabilitação, ainda existem imensos locais na ilha do Pico que contêm vinha abandonada, imaginem agora a mão de obra que foi necessária para manter a viticultura na ilha montanha durante o seu auge no início do séc. XIX, numa altura onde não havia tanta mobilidade como agora e as ferramentas eram outras...
Partindo de um local onde praticamente só existia pedra, o Homem do Pico foi capaz de não só tirar dali o seu sustento, mas também criar um produto de qualidade mundial, mantendo sempre uma harmonia com a natureza!
É por tudo isto que a vinha da ilha do Pico é uma autêntica lição de vida!
Haja saúde!
sexta-feira, 16 de março de 2018
Não é mentira, serão mesmo dois voos Lisboa-Pico no mesmo dia!
A SATA/Azores Airlines prepara-se para fazer história no Aeroporto da ilha do Pico: pela primeira vez, estão programadas duas ligações Lisboa-Pico-Lisboa no mesmo dia, mais concretamente a 2 de abril de 2018 (à ligação regular de segunda-feira, junta-se uma ligação extraordinária).
Dia | Origem | Partida | Destino | Chegada | Duração | N.º Voo |
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2 de abril (segunda) | Lisboa | 08:00* | Pico | 09:45 | (2h45) | S4 141 |
Pico | 10:35 | Lisboa | 14:05* | (2h30) | S4 140 | |
2 de abril (segunda) | Lisboa | 09:30* | Pico | 11:15 | (2h45) | S4 2143 |
Pico | 12:05 | Lisboa | 15:35* | (2h30) | S4 2142 |
* Hora local de Lisboa (+1h vs. Açores).
Apesar de esta data ser imediatamente após o dia das mentiras, a verdade é que existirão mesmo dois voos Lisboa-Pico no mesmo dia! Desta forma, a segunda-feira junto à Páscoa de 2018 mostra como existe uma procura crescente e sustentada (não de ovinhos, mas sim) pelas ligações entre a capital portuguesa e a ilha montanha, de tal forma que a oferta habitual já não consegue satisfazer a procura.
Por outro lado, a SATA/Azores Airlines concretizará, assim, na primeira semana de abril, a realização de quatro ligações semanais Lisboa-Pico-Lisboa, o que será também outra estreia (as outras duas ligações correspondem às regulares de quarta-feira e sábado).
Dia | Origem | Partida | Destino | Chegada | Duração | N.º Voo |
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4 de abril (quarta) | Lisboa | 15:00* | Pico | 16:45 | (2h45) | S4 143 |
Pico | 17:35 | Lisboa | 21:05* | (2h30) | S4 142 | |
7 de abril (sábado) | Lisboa | 08:00* | Pico | 09:45 | (2h45) | S4 141 |
Pico | 10:35 | Lisboa | 14:05* | (2h30) | S4 140 |
* Hora local de Lisboa (+1h vs. Açores).
Recorde-se que todos horários dos aviões que servem a ilha do Pico de forma regular encontram-se disponíveis no separador "Aviões" deste blog.
Nota final para uma curiosidade: existe um ditado popular que diz "não há duas sem três"; pois bem, a SATA/Azores Airlines também faz questão de cumprir este adágio, mas seguindo uma lógica triangular. Por outras palavras, o "Triângulo" terá três ligações diretas com Lisboa no dia 2 de abril, sendo duas delas efetuadas através da gateway da ilha do Pico e a outra através da gateway da Horta, ilha do Faial. Este é um excelente exemplo de como é possível aumentar a oferta numa ilha sem ser à custa de outra, o que significa igualmente maiores benefícios para todos.
Haja saúde!
quinta-feira, 15 de março de 2018
Caça à baleia no Cais do Pico em 1946
Apresenta-se em anexo um pequeno vídeo disponibilizado por Paul da Rosa, o qual mostra toda a dinâmica da caça à baleia no Cais do Pico em 1946, nomeadamente:
- O arriar dos botes baleeiros;
- O acompanhamento das "gasolinas";
- O desmanchar dos cachalotes.
Estas imagens históricas permitem, assim, fazer uma viagem no tempo e perceber melhor como era a vivência baleeira no lado norte da ilha montanha.
Haja saúde!
Whaling. days 1946 (This video may be upsetting to some.)
Posted by Paul B Da Rosa on Sunday, March 11, 2018
quarta-feira, 14 de março de 2018
À descoberta dos Vinhos da ilha Montanha — Noite dos Czares
O Parque Natural da ilha do Pico inaugurou uns encontros nesta ilha para divulgar os vinhos locais. Intitulada "À descoberta dos Vinhos da ilha Montanha", esta iniciativa terá um caráter bianual e realizar-se-á preferencialmente na época baixa, com o objetivo de dinamizar o Centro de Interpretação da Paisagem da Vinha do Pico.
O projeto arrancou com a "Noite dos Czares", no dia 9 de março de 2018, tendo estado assim em destaque o vinho licoroso 'Czar'.
[Fonte: RTP-Açores | vídeo em anexo]
Haja saúde!
terça-feira, 13 de março de 2018
Andamento da substituição de cabeços no Porto do Cais do Pico (4)
[Link para fotos posteriores]
Apresentam-se, em anexo, algumas fotografias (datadas de 11 de março de 2018) relativas ao andamento da empreitada de substituição de cabeços no Porto do Cais do Pico, localizado na vila de São Roque do Pico [link para fotos mais antigas].
Recorde-se que esta obra obrigou a que a respetiva rampa ro-ro ficasse inoperacional desde o dia 3 de novembro de 2017 [link sobre o assunto], situação que levou à redução de escalas neste porto por parte da Linha Verde da Atlânticoline, pese embora a substituição de cabeços só tenha começado efetivamente a meados desse mês [link para mais informações].
Haja saúde!
Post scriptum: Eis o stop feito ao contador de quanto tempo esteve inoperacional a rampa ro-ro do Porto do Cais do Pico antes das escalas dos navios 'Aqua Jewel' e 'Gilberto Mariano' em 4 de maio de 2018.
segunda-feira, 12 de março de 2018
Sobrevoando a ilha do Pico em 9 minutos
No passado dia 10 de março de 2018, o voo SP 570 proporcionou a quem ia a bordo uma magnífica visão sobre toda a costa norte da ilha do Pico.
De forma a poder partilhar parte das paisagens observadas, aqui fica então um vídeo filmado a partir do interior do avião DASH Q400.
Recorde-se que todos horários dos aviões que servem a ilha do Pico de forma regular encontram-se disponíveis no separador "Aviões" deste blog.
Haja saúde!
domingo, 11 de março de 2018
Botes baleeiros no Cais do Pico em 1946
Apresenta-se em anexo um pequeno vídeo disponibilizado por Paul da Rosa, o qual mostra o arriar de vários botes baleeiros em 1946 no Cais do Pico, mais concretamente no atual "cais velho".
Estas imagens históricas permitem também observar uma curiosidade relacionada com a indumentária utilizada: a esmagadora maioria dos baleeiros tinha um chapéu, camisa de manga comprida e calças, o que não deixa de ser uma excelente forma de prevenir escaldões e outras doenças da pele.
Haja saúde!
Whaling 1946 Cais do Pico
Posted by Paul B Da Rosa on Wednesday, March 7, 2018
sábado, 10 de março de 2018
Viveiros florestais do Pico distinguem-se das restantes ilhas
A natureza dos solos locais originou algumas particularidades no espaço florestal revelando distinção relativamente a outros viveiros locais.
O projecto foi idealizado para assegurar a produção de plantas para fazer face às necessidade da ilha.
Na freguesia de Santa Luzia, os serviços florestais dispõem de um campo com cerca de seis mil metros quadrados onde são plantadas mais de 300 mil plantas por ano.
[Fonte: RTP-Açores | vídeo em anexo]
Haja saúde!
sexta-feira, 9 de março de 2018
Uma visão do Pico por quem não é da ilha montanha
As saudades já apertam. Acho fascinante a maneira de como me apaixonei pela Ilha do Pico. Foram mais de 20 viagens sobre o oceano, aventuras em voos muito atribulados, aterragens medonhas e tempestades que metiam respeito. Depois de tudo o que vi, ganhei um enorme respeito por quem vive nestas ilhas. É outra realidade. Eu já conhecia S. Miguel, mas não tem comparação. Aqui vive-se de outra forma, convive-se de outra maneira.É assim que se inicia um post intitulado "PICO ISLAND" no blog "Beers with Popcorn", da autoria de Ana Lourenço, a qual descreve a sua experiência na ilha montanha — link para o post completo.
Torna-se particularmente interessante atender à visão dada por esta blogger continental sobre a ilha do Pico, tal como exemplificado nos excertos seguintes:
- Deitamo-nos em silêncio a ver a montanha que é iluminada pela lua, e acordamos num paraíso perfeito, em que a beleza da cor negra das rochas dá um azul vibrante ao mar. O cheiro é puro, e o ar também.
- Lá, dizem sempre "bom dia", com respeito e à moda antiga!
- O peixe e marisco é de comer e chorar por mais! LAPAS! Comi muitas... mesmo! E coitadas das vaquinhas que sabem mesmo bem.
- O vinho do Pico é bom, e as vinhas são património Mundial da UNESCO, uma vista que não há palavras para descrever!
- Há licores e aguardentes de tudo o que a terra dá, literalmente! Os queijos e a massa sovada são os nossos piores inimigos!
- A ilha do Pico está ainda muito verde e pura, mas está com uma evolução e um crescimento brutal. As casas de turismo rural tem uma qualidade superior ao que existe no Continente.
Haja saúde!
quinta-feira, 8 de março de 2018
Bote baleeiro espedaçado
A caça à baleia nos Açores também teve os seus episódio menos felizes. Graças a um pequeno vídeo disponibilizado por Paul da Rosa, apresenta-se em anexo as imagens do recolher a terra, em 1946, do bote "Maria Pequena", estando o mesmo bastante danificado devido a uma baleia que emergiu debaixo da embarcação, não causando, felizmente, vítimas mortais.
Este bote baleeiro foi construído em 1941, em Santo António (São Roque do Pico), e pertenceu às Armações Baleeiras Reunidas, Lda — com sede no Cais do Pico, atual Museu da Indústria Baleeira.
Certo é que este azar não acabou com a história do bote "Maria Pequena", pois esta embarcação foi recuperada e, inclusivamente, hoje em dia é utilizada nas regatas de botes baleeiros, nomeadamente por parte da Junta de Freguesia de São Mateus do Pico.
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quarta-feira, 7 de março de 2018
Espeleo-Triângulo 2018 descobre nova gruta no Pico
A expedição "Espeleo-Triângulo 2018", realizada pela Associação "Os Montanheiros" em São Jorge, Pico e Faial, de 30 de janeiro a 10 de fevereiro, permitiu a descoberta de duas cavidades vulcânicas, mais concretamente no Pico e em São Jorge.
Descoberta pelos elementos do núcleo do Pico da Associação "Os Montanheiros", a nova gruta da Baixa da Ribeirinha tem cerca de 420 metros e o relatório da expedição refere que os trabalhos de exploração foram dificultados devido aos pavimentos em lava e à pouca altura da cavidade.
Já a nova gruta do Alto de Santa Cruz, descoberta em São Jorge, tem cerca de 100 metros de comprimento e dimensões em termos de altura consideráveis.
Expedições como a "Espeleo-Triângulo 2018" têm permitido conhecer melhor as cavidades vulcânicas já descobertas, mas também encontrar outras que ainda não estavam referenciadas. Este tipo de atividade tem um interesse científico relevante, porque têm sido encontradas novas espécies endémicas.
Existem nos Açores cerca de duas centenas de cavidades vulcânicas conhecidas, sendo que mais de metade são da ilha do Pico.
[Fonte: Diário Insular (23 de fevereiro de 2018).]
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Gruta das Ginjas (ilha do Pico) — uma das maiores grutas dos Açores. |
terça-feira, 6 de março de 2018
Picaroto desenvolve ilustrações para produtos de marcas internacionais
Natural da Manhenha, na ilha do Pico, Fábio Vieira soube desde cedo que a arte iria fazer parte da sua vida. Depois do curso de Design de Comunicação, passou pelo Design Gráfico e depois pela Ilustração, onde conseguiu que as suas obras captassem a atenção em vários concursos onde foi finalista. Da Manhenha, que não quer abandonar, tem desenvolvido ilustrações e ideias para marcas nacionais e internacionais, para países como os Estados Unidos da América, Brasil e Rússia. Tem ilustrações suas em livros infantis e a azulejaria é a arte que agora lhe ocupa mais tempo. Fábio Vieira confessa que não é fácil viver da Ilustração nos Açores mas é uma arte de que não desiste. No futuro gostava de ver mais peças suas em espaços públicos para estarem acessíveis a todos.É assim que se inicia uma entrevista publicada no jornal 'Correio dos Açores' a Fábio Vieira sobre o seu trabalho como ilustrador — link para a entrevista completa.
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segunda-feira, 5 de março de 2018
Orçamento Participativo dos Açores 2018
O Orçamento Participativo dos Açores é um mecanismo de democracia participativa, que dá aos cidadãos o poder de decidirem como devem ser investidas verbas dos orçamentos públicos. Nesta estreia deste tipo de iniciativa por parte do Governo dos Açores, as pessoas podem decidir como investir 600.000 € (seiscentos mil euros) nas áreas do Ambiente, Inclusão Social, Juventude e Turismo, quer na apresentação de antepropostas de investimento para as ilhas dos Açores, quer na escolha, através do voto, das propostas a implementar.
Nesta edição de 2018, as antepropostas só podem ser apresentadas por ilha, não concorrendo entre si se forem de ilhas diferentes. Assim, assegura-se a existência de propostas vencedoras em todas as ilhas.
A repartição, por ilha, da verba total seguiu uma fórmula que teve em consideração um mínimo por ilha, a população residente, a área e o investimento público orçamentado para o ano económico anterior. Assim, a verba é distribuída pelas ilhas açorianas da seguinte forma (em que 20% dos respetivos valores será consignado à área temática da Juventude):
- 33.000 € para Santa Maria;
- 206.000 € para São Miguel;
- 110.000 € para a Terceira;
- 31.000 € para a Graciosa;
- 51.000 € para São Jorge;
- 64.000 € para o Pico;
- 50.000 € para o Faial;
- 34.000 € para as Flores;
- 21.000 € para o Corvo.
Podem participar no Orçamento Participativo dos Açores todos os cidadãos com idade igual ou superior a 18 anos, nacionais ou estrangeiros residentes em Portugal — estes são convidados a apresentar quantas antepropostas pretenderem às áreas temáticas do Ambiente, Inclusão Social e Turismo. Adicionalmente, os jovens com idade compreendida entre os 14 e os 30 anos de idade podem apresentar antepropostas aos seguintes temas da Juventude: Cidadania, Hábitos de Vida Saudável e Tecnologia.
O Orçamento Participativo dos Açores tem duas fases principais: a fase de apresentação das antepropostas e a fase de votação das propostas:
- A fase de apresentação das antepropostas tem lugar entre fevereiro e abril de 2018, podendo as antepropostas ser apresentadas presencialmente nos Encontros Participativos, a ter lugar em todas as ilhas, ou submetidas online, através da plataforma eletrónica do Orçamento Participativo dos Açores, disponível em op.azores.gov.pt
- A fase de votação realiza-se entre julho e setembro de 2018, através da plataforma eletrónica do Orçamento Participativo dos Açores ou através de SMS. Todos os cidadãos terão direito a um voto — link para mais informações.
Informações adicionais e esclarecimento de dúvidas sobre o Orçamento Participativo dos Açores podem ser obtidos através dos seguintes meios:
- E-mail — op@azores.gov.pt
- Linha Verde de Apoio ao Cidadão do Governo Regional dos Açores — 800 500 501
- Site do Orçamento Participativo dos Açores — op.azores.gov.pt
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domingo, 4 de março de 2018
Neve noturna no Pico
Estamos no último mês do inverno de 2018, onde os agasalhos deveriam ir começando a ser de uso menos frequente. Contudo, a montanha da ilha do Pico teima em manter o seu casaco branco vestido, noite e dia sem cessar, tal como comprovam as imagens da SPOTAZORES.
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sábado, 3 de março de 2018
Parecer da Comissão de Economia relativo à petição sobre o Aeroporto do Pico
Após um exaustivo trabalho desenvolvido pela Comissão Permanente de Economia, da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, esta acaba de apresentar o seu parecer sobre a petição "Pelo aumento das condições de operacionalidade do Aeroporto da ilha do Pico", o qual pode ser consultado clicando no seguinte link:
Parecer da Comissão de Economia relativo à petição sobre o Aeroporto do Pico
Este documento engloba o resultado das audições feitas às seguintes individualidades:
- Primeiros subscritores (Ivo Sousa e Bruno Rodrigues);
- Representante da empresa Pico Airways;
- Presidente da ACIP — Associação Comercial e Industrial do Pico;
- Presidentes da AMIP — Associação Municípios da Ilha do Pico;
- Eng. António Cansado (antigo presidente da SATA);
- Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas.
- Eng. Rui Medeiros;
- Associação de Armadores Pesca Artesanal Ilha do Pico;
- Câmara Municipal da Horta;
- Câmara Municipal das Velas;
- Associação de Turismo dos Açores (ATA).
Como conclusões, a Comissão de Economia deliberou, por unanimidade, com os votos a favor do PS, PSD, CDS-PP e BE, pronunciar-se da seguinte forma:
- Os peticionários indicaram que o aeroporto da ilha do Pico foi um dos que mais cresceu na RAA, entre 2003 a 2016. Mas a pista do Pico, com cerca de 1.745 metros, é insuficiente e limita a descolagem de aviões com peso máximo; assim como as condições climatéricas (vento e chuva) que também provocam constrangimentos e cancelamentos de voos.
- Os peticionários apresentaram como soluções a implementação do grooving, para melhorar as condições de aderência à pista e o aumento do comprimento da pista na ilha do Pico, que permitiria melhorar a operacionalidade da pista em condições adversas de vento.
- Os peticionários consideraram ainda pertinente o aumento da pista no sentido de reduzir as penalizações em relação à carga máxima assim como devido à centralidade do Pico no Triângulo e nos Açores.
- Por sua vez, o dr. Simas Santos referiu que a perspetiva da Pico Airways é complementar e suplementar à SATA, porque não estão satisfeitos com a falta de acessibilidades e a ilha do Pico continua a crescer e tem em curso vários investimentos no setor turístico.
- O representante da Pico Airways afirmou que o Triângulo é o segundo grande produto turístico dos Açores, com mais de 4.000 camas. Indicou ainda que o grooving e o aumento da pista para 2300 metros seriam suficientes para criar um aeroporto internacional no Pico, totalmente gerido e sob a alçada do Governo Regional.
- O Presidente da ACIP — Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico disse que o Pico tem tido um crescimento notável, fruto da dinâmica e esforço dos empresários, fazendo por isso sentido aumentar a pista do aeroporto, para melhorar a sua segurança e operacionalidade, numa lógica complementar ao Faial e São Jorge, no contexto do Triângulo.
- Acresce que os representantes da AMIP — Associação de Municípios da Ilha do Pico disseram que assinaram a petição e concordam com os termos lá previstos, quer no concurso para o grooving, que já está em curso, quer relativamente ao aumento do comprimento da pista, de forma a evitar penalizações e a reduzir as limitações.
- Informaram, também, que a ilha do Pico tem tido os maiores crescimentos de passageiros desembarcados e embarcados nos últimos anos, pelo que a AMIP tem vindo a reivindicar a ampliação da pista e a falar a uma só voz.
- O eng. António Cansado referiu que o aeródromo do Pico já tinha sido sujeito a uma remodelação que incluiu o aumento da pista, da aerogare e do quartel de bombeiros, em 2004 e que já nesta altura se previa que o Pico reunia as melhores condições para desenvolver o Triângulo. Deu como exemplo a operação da TUI, que olhou para o Triângulo como uma oportunidade de negócio e escolheu o Pico.
- Já a Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas referiu que o compromisso político assumido pelo Governo dos Açores foi o de aumentar e melhorar a operacionalidade do aeroporto através da empreitada do grooving, a realizar em 2018, e não a ampliação da pista, nesta legislatura;
- Além disso, o Governo dos Açores tem vindo a realizar investimentos naquela infraestrutura, nomeadamente, o restabelecimento da faixa strip da cabeceira da pista 09 e a restituição da superfície livre de obstáculos de descolagem na pista 27, a aquisição e instalação de equipamento para a estação meteorológica, a execução da correção da sinalização horizontal e repintura das marcações existentes, estando ainda em curso a implementação do sistema de "ILS".
- De realçar que a Petição foi subscrita por 2.351 peticionários, pelo que reúne as condições legalmente definidas para ser apreciada em reunião Plenária.
Por fim, os promotores desta petição sobre o Aeroporto do Pico reafirmam uma vez mais que nunca esquecerão o enorme apoio das pessoas que a assinaram e a união pública demonstrada — incluindo as vertentes empresarial e política — gestos que nos fazem sentir que não estamos sós na defesa desta causa, mas sim que representamos um conjunto alargado e muito coeso de cidadãos!
O nosso muito obrigado a todos!
Haja saúde!
Post scriptum: Petição sobre o Aeroporto do Pico foi debatida em plenário da Assembleia Regional dos Açores em 19 de abril de 2018.
Esboço de uma possível futura ampliação do Aeroporto da ilha do Pico, orçada em cerca de 15 milhões de euros, e que permite atingir os objetivos propostos pela petição em questão (extraído do parecer do eng. Rui Medeiros). |
sexta-feira, 2 de março de 2018
Visita Pastoral à Ouvidoria do Pico — 2018
Nesta sexta-feira, 2 de março de 2018, o bispo de Angra e ilhas dos Açores, D. João Lavrador, inicia a sua primeira Visita Pastoral à Ouvidoria do Pico, com uma celebração no Santuário do Senhor Bom Jesus, em São Mateus. De seguida, terá lugar uma sessão comemorativa dos 300 anos das erupções vulcânicas de 1718.
A visita pastoral, que será interrompida entre 24 de março e 16 de abril, para a celebração da Semana Santa e Páscoa, levará D. João Lavrador a todas as paróquias da ilha para auscultação das comunidades, dos seus movimentos e também da realidade sócio-económico-política de cada uma das paróquias, bem como reuniões com o Clero. A visita terminará no dia 20 de abril.
Segundo o Código de Direito Canónico, os Bispos Diocesanos deverão visitar pastoralmente todas as Paróquias da sua Diocese de cinco em cinco anos. A ouvidoria do Pico torna-se, assim, uma das primeiras ouvidorias a ser visitada por D. João Lavrador, depois das ouvidorias da Terceira e do Faial.
[Fonte: Igreja Açores]
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