A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos visitou recentemente os Açores e afirmou, durante o balanço final da visita, que a situação na Região, em termos de farmacêuticos, não será muito diferente do resto do país, com exceção do caso do Pico [vídeo em anexo].
Mais concretamente, a Unidade de Saúde da ilha do Pico não tem um farmacêutico afeto à mesma (nem especialista, nem não especialista), o que, segundo a bastonária, coloca em causa a segurança dos doentes.
O Pico já é, comprovadamente, a ilha açoriana onde os respetivos habitantes estão, em média, mais distantes dos cuidados de saúde [vide estudo relacionado]. Com esta exceção (negativa) no que toca aos farmacêuticos — ainda por cima é uma exceção não só a nível regional, mas também a nível nacional — os picarotos têm o direto de, uma vez mais, se sentirem discriminados!
Em suma, os habitantes da ilha montanha apenas desejam que se aplique, tal como a qualquer outro português, o artigo 13.º da Constituição Portuguesa - Princípio da igualdade:
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.Haja saúde!
Post scriptum: Em 11 de maio de 2018, o Secretário Regional da Saúde anunciou que o Governo dos Açores irá contratar, até ao final do ano, um farmacêutico para a Unidade de Saúde da ilha do Pico.
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