O Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA) divulgou recentemente os dados relativos ao transporte aéreo que permitem fazer uma análise ao Verão IATA 2018, ou seja, deste abril a outubro. As estatísticas mostram que houve um crescimento dos passageiros aéreos de e para todas as ilhas açorianas, o qual atingiu 2,7% como valor médio (face ao período homólogo anterior).
Analisando com mais detalhe, verifica-se que apenas duas ilhas cresceram, em termos percentuais, na casa dos dois dígitos, nomeadamente Corvo (17,7%) e Pico (14,1%). Por outro lado, e considerando números absolutos, o pódio das ilhas que tiveram maior crescimento de passageiros movimentos vai para São Miguel (+28.131), Pico (+13.164) e Faial (+5.785).
Esta análise de tendências comprova, mais uma vez, como a ilha montanha merece uma atenção especial no que respeita ao transporte aéreo, pois quer em termos relativos, quer mesmo em absolutos, o Pico esteve em grande destaque no Verão IATA 2018. Aliás, vale a pena recordar outros indicadores relativos ao que se tem passado recentemente na ilha montanha:
- Em termos de reforço de voos interilhas efetuados no verão de 2018, o Pico não só recebeu mais de um terço dos lugares extra disponibilizados, mas também foi a ilha que teve direito ao maior reforço;
- Relativamente às ligações aéreas com Lisboa, no verão de 2018 a ilha montanha teve, pela primeira vez, quatro rotações semanais (diretas), incremento de oferta este que não levou a quebras na taxa de ocupação nestas ligações com a capital portuguesa, antes pelo contrário;
- No período de maior procura, concretamente em julho e agosto de 2018, o Pico foi a ilha que mais cresceu em termos percentuais — inclusivamente foi a única com um crescimento superior a dois dígitos (mais concretamente, 14,2%) — bem como o Aeroporto da ilha do Pico entrou no top mundial dos aeroportos mais movimentados.
Deste modo, conclui-se que o aumento da oferta aérea para a ilha montanha foi correspondido por um crescimento dos passageiros movimentados, situação que tem vindo a ser recorrente ao longo dos últimos anos e que tem de ser tida em conta no planeamento da operação aérea futura.
Resumindo, os números não enganam: o Pico está na moda!
Haja saúde!
Post scriptum: Este texto foi igualmente publicado na edição n.º 41.719 do 'Diário dos Açores', de 14 de novembro de 2018.
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