A Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico venceu o Prémio Nacional da Paisagem de 2018, uma iniciativa do Ministério do Ambiente que visa a divulgação de boas práticas territoriais que promovam a qualidade da paisagem e que aumentem a consciência cívica sobre o seu valor cultural.
Este prémio rege-se por critérios que atendem a fatores como o desenvolvimento sustentável e a coesão territorial, a valorização do território através da paisagem e da sua gestão e a forma como as ações são geradoras de identidade e de qualidade de vida.
A Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico será também a representante de Portugal na 6.ª edição (2018/2019) do Prémio da Paisagem do Conselho da Europa, que visa distinguir a implementação de uma política ou de medidas de proteção, gestão e/ou ordenamento da paisagem que constituam uma boa prática de sensibilização e participação pública.
A candidatura da Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico foi promovida pelo Governo dos Açores, através da Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo, e sagrou-se vencedora entre 27 projetos de todo o país, fruto do consenso do júri pela sua qualidade e exemplo de uma correta implementação da Convenção Europeia da Paisagem, da Política Nacional de Arquitetura e da Paisagem e da Política de Ordenamento do Território.
Para a Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo, a Paisagem da Vinha do Pico “é o palco de um processo absolutamente extraordinário de implementação, com sucesso reconhecido, das políticas de ordenamento do território, de paisagem e de conservação da natureza, pelo que é com enorme satisfação que recebemos este prémio e vemos os Açores, uma vez mais, serem distinguidos a nível nacional pela qualidade dos seus recursos e, simultaneamente, pelas políticas levadas a cabo pelo Governo Regional”.
Marta Guerreiro salientou que, ao longo dos últimos anos, foi desenvolvido um vasto conjunto de medidas e ações pelo Governo dos Açores que fizeram “renascer e consolidar uma paisagem vitícola viva, com caraterísticas únicas e com uma relevância económica, social e cultural cada vez maior”.
A titular da pasta do Ambiente destacou o Museu do Vinho, a sede do Parque Natural e do Gabinete Técnico da Vinha, o Centro de Interpretação da Paisagem da Vinha e a Casa dos Vulcões, que entrará em funcionamento em 2019, como “verdadeiros exemplos do trabalho prosseguido em termos de reabilitação do património edificado, que permitiu reconstruir ruínas e, consequentemente, dar um novo uso ao património público, valorizando o passado histórico da vinha do Pico”.
Os interessados podem obter mais informações sobre o prémio no seguinte endereço eletrónico: http://premiopaisagem.dgterritorio.gov.pt/node/489
[Fonte: GaCS | Em anexo: palavras do júri e vídeo de apresentação desta candidatura.]
[Post scriptum: Este prémio foi oficialmente entrega no dia 20 de fevereiro de 2019.]
Haja saúde!
A classificação em primeiro lugar desta candidatura traduz o consenso do júri justificada pela qualidade da sua apresentação e pela relevância do seu conteúdo, que responde diretamente aos objetivos do Prémio, bem como à filosofia subjacente aos critérios de seleção e avaliação constantes do seu Regulamento. É um exemplo claro de uma correta implementação da Convenção Europeia da Paisagem, da Política Nacional de Arquitetura e da Paisagem e da Política de Ordenamento do Território.
O reconhecimento da especificidade desta paisagem, derivada da adaptação da população, ao longo dos tempos, a um território com recursos escassos, conferindo-lhe uma identidade própria, tanto paisagística como cultural e social, tornou-se um fator de desenvolvimento, que contribui simultaneamente para a melhoria da qualidade de vida da população.
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