sexta-feira, 22 de março de 2019

Pico é a ilha mais empreendedora dos Açores


O peso da função pública na população ativa varia bastante consoante a ilha açoriana em causa [vide imagem], tendo por base dados compilados por Gualter Furtado, presidente da comissão executiva do Novo Banco dos Açores, e divulgados pelo jornal 'Diário Insular' [edição n.º 22.644, de 21 de março de 2019].

Num estudo onde foram contabilizados os trabalhadores dos departamentos do Governo Regional, do setor público empresarial regional (SPER), das câmaras e empresas municipais e das juntas de freguesia, os dados mostram que a ilha montanha é aquela onde existe maior espaço para o setor privado autónomo.

Concretizando, a função pública tem um peso na população ativa da ilha do Pico de apenas de 10,1%, o valor mais baixo dos Açores, seguindo-se Graciosa com 10,8%, Santa Maria com 13,3%, São Jorge com 14,4% e Flores com 19,5%; na casa dos vinte por cento estão São Miguel com 20,5% e Corvo com 21,8%.

No extremo oposto, e acima da média regional (26%), duas ilhas apresentam uma elevada dependência da função pública na população ativa: Terceira com 41,8% e Faial com 50,3%.

Nota ainda para uma curiosidade: as ilhas mais próximas geograficamente dentro do arquipélago açoriano, e que até têm uma população semelhante (cerca de 14 mil pessoas cada uma), são precisamente aquelas que mais longe estão no que toca ao peso da função pública na população ativa: enquanto que, na ilha do Faial, mais de metade dos trabalhadores trabalham para o Estado, na ilha montanha verifica-se que quase 90% da população ativa trabalha no setor privado — é caso para dizer "tão perto, mas tão longe..."

Em suma, os números não enganam: o Pico é a ilha mais empreendedora dos Açores!

Haja saúde!

Post scriptum: Este artigo foi igualmente publicado na edição n.º 41.829 do 'Diário dos Açores', de 24 de março de 2019.

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