Poeta desapareceu em 1977, mas continua a ser para o Pico o poeta da Ilha Maior. No Cais do Pico, há quem ainda o recorde. Uma vida conturbada, lembrada agora por quem com ele conviveu.É assim que se inicia um artigo publicado no jornal 'Açoriano Oriental' sobre Almeida Firmino, o poeta que conseguiu sentir as dores do ser ilhéu e elevou o Pico a "Ilha Maior" [link para artigo completo].
Em sua homenagem, apresenta-se, em anexo, o seu poema "Ilha Maior".
Haja saúde!
Ilha Maior
Minha ilha sem bruma
Sem distância a percorrer
Onde o vento é o donatário
Único senhor e rei
Sem eu mesmo o saber.
Ilha Maior no sonho e na desgraça
Sempre a acenar a quem ao longo passa
Nos navios rumo ao Canadá e América.
Ancoradouro de aves, poetas e baleeiros,
Heróis sem nome, com um pé em terra e outro no mar,
Quantas vezes em vão a balear.
Negra, negra, negra e cativa
Ilha Maior, minha Ilha-Mãe adoptiva,
Maravilha de lava e altura!
El-rei Sebastião, o Desejado,
Veio um dia, nunca mais voltou.
E é aqui, cavada a seu lado,
Que eu quero ter a minha sepultura.
Almeida Firmino
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