sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Pico tem das habitações mais acessíveis de Portugal


Portugal é um lugar bonito para se viver, mas encontrar a cidade perfeita para o seu orçamento pode parecer uma tarefa impossível. Então, qual será a cidade, considerando o seu salário, que lhe permitirá ter a casa dos seus sonhos?
Esta é uma pergunta que o portal Imovirtual se dispôs a tentar responder, compilando para esse efeito os preços dos imóveis anunciados na respetiva plataforma imobiliária e dados oficiais do governo, dando assim origem ao Índice de Habitação Urbana de 2019 aplicado à realidade portuguesa.

Segundo este ranking, o município da Calheta, na ilha de São Jorge, surge como a localidade onde as habitações são mais acessíveis face ao respetivo salário médio. Além disso, não só metade do top 10 deste índice é composto por localidades açorianas, bem como a ilha montanha marca presença na 2.ª e na 10.ª posição.

Mais concretamente, as Lajes do Pico ocupa o segundo lugar da lista, onde as casas custam em média 70.500 euros e o salário médio anual é de 15.007 euros, o que se traduz num rácio propriedade/salário correspondente a 4,70 vezes. Por outro lado, São Roque do Pico fecha o top 10 deste índice de habitação urbana, com um preço médio das casas de 95.000 euros e um salário médio anual de 15.139 euros, o que corresponde a uma relação propriedade/salário igual a 6,28 vezes.


O portal Imovirtual procurou também responder a outra questão:
E quais são os melhores lugares para investir numa propriedade e rentabilizar o máximo possível, caso anos depois decida vender e obter uma boa margem de lucro?
A resposta é dada pelo Índice de Investimento em Habitação Urbana, o qual tem em consideração a valorização das habitações entre 2018 e 2019, no que resulta numa ordenação que não é coincidente com o índice anterior. Mais precisamente, não só apenas duas localidades açorianas integram o top 10 em termos de investimento imobiliário, mas também a ilha montanha deixa de estar representada.


No entanto, há um pormenor que merece ser destacado: São Roque do Pico aparece em último dos locais onde investir, com uma desvalorização do valor médio de propriedade de 55,74%; contudo, e reportando ao ano de 2018, o estudo refere que, neste município nortenho da ilha montanha, o preço médio das casas era de 214.625 euros (!), um valor bem mais elevado do que os 95 mil euros atuais e que, em 2018, apenas foi superado por Faro (245,973 €), Porto (295,283 €) e Lisboa (552,007 €), ficando por isso à frente de várias capitais de distrito, como sejam os casos de Setúbal (134.000 €), Braga (136.235 €) ou Coimbra (203.490 €).


Ora bem, daqui pode-se concluir uma de duas coisas: ou houve um lapso no registo dos valores das habitações, o que significa que investir em São Roque do Pico valerá mais a pena do que foi mencionado, ou então a Capital do Turismo Rural mostra como os valores das casas na ilha montanha conseguem ombrear com as principais cidades de Portugal.

De qualquer modo, uma coisa é certa: mais do que ser possível ter uma casa de sonho, no Pico existem ainda as típicas adegas de pedra negra, basáltica, onde não raras vezes, e após um bom verdelho, convivem grandes sonhadores!

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