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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
Taxa de ocupação aérea nos Açores em 2018
Do ponto de vista do negócio da aviação, um dos mais importantes dados estatísticos é a taxa de ocupação, isto é, o número de passageiros transportados face aos lugares oferecidos. A taxa de ocupação resulta normalmente de uma conjunção de fatores — preço, horários, aeronaves utilizadas, etc. — cuja relação entre eles não é de fácil modelação. Em todo o caso, esta estatística permite perceber, de certa forma, qual o sucesso de determinada rota e inferir um pouco sobre a atratividade de um dado destino.
Graças ao Anuário da Aviação Civil relativo ao ano de 2018, recentemente divulgado pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), é possível calcular a taxa de ocupação para cada aeroporto açoriano, ou seja, a taxa de ocupação média considerando todos os voos que serviram determinada ilha dos Açores [relação entre o total dos passageiros transportados num ano e os lugares oferecidos nesse mesmo período].
Analisando com mais detalhe, verifica-se que as ilhas que ocupam o pódio da taxa de ocupação aérea nos Açores em 2018 — São Miguel (80%), Pico e São Jorge (78% ex aequo) — foram também as únicas que registaram, em média, voos com mais de três quartos dos lugares ocupados. Por outro lado, menos de metade dos lugares dos aviões estiveram preenchidos, em média, somente nas ligações aéreas ao Corvo (36%).
Recorde-se que, em 2018, apenas duas ilhas cresceram, em termos percentuais, na casa dos dois dígitos, nomeadamente Corvo (15,5%) e Pico (12,4%), seguindo-se a ilha das Flores (7,9%); por outro lado, e considerando números absolutos [também de 2018], o pódio das ilhas que tiveram maior crescimento de passageiros movimentados vai para São Miguel (+60.619), Pico (+15.054) e Terceira (+13.760).
Deste modo, outra conclusão que pode ser extraída é que, considerando os dados estatísticos aéreos mencionados anteriormente — taxa de ocupação, crescimento percentual e crescimento absoluto — o destino Pico é o único que integra o pódio açoriano em todos eles, comprovando assim a forte e crescente procura pela ilha montanha.
Resumindo, os números não enganam: o Pico está na moda!
Haja saúde!
Post scriptum: Este artigo foi igualmente publicado na edição n.º 42.086 do 'Diário dos Açores', de 29 de janeiro de 2020.
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