Está patente no
Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico, a exposição 'Arte Baleeira – uma imagem genial dos Açores no Mundo'.
O artesanato baleeiro, entendido como expressão artística, com dimensão
estética, mágico-simbólica, cultural e patrimonial, tem origens remotas e
imprecisas no espaço e no tempo. O uso do marfim dos dentes e do osso
mandibular dos cachalotes, para fins artísticos, ganha expressão mundial com a
baleação itinerante e de longo curso, praticada nos séculos XVIII e XIX pelos
navios fábrica (as baleeiras) ingleses e americanos.
Essa presença influenciou, no contexto da baleação costeira açoriana, dos
finais do século XIX, princípios do século XX, a produção de um artesanato
baleeiro de grande qualidade artística e estética nos Açores.
Na ilha do Pico, produziram-se, ao longo do século XX, objetos de culto, que
fascinaram o mundo. Aqui ficam alguns dos nomes mais emblemáticos desta forma
absolutamente singular de arte baleeira: Albino Alves, António Manuel Machado,
António Vicente (Antoninho), Camilo Costa, Carlos José Ávila, Carlos
Machado, Daniel Martiniano, Dimas Soares, Eduardo Sousa, Fátima Madruga, os
Mestres Formigas, Francisco Moniz Barreto, Gualter Barreto, Luís Ribeiro, João
Fernandes Leal (João Flores), João Soares, José Eduardo Silva, José
Morais, José Barreto, Manuel Alves Gonçalves, Manuel Daniel Fagundes
(Nelinho), Manuel Vieira Soares, Manuel da Rosa Quaresma
(Importante), Osvaldo Inácio, Rodolfo Alfarrobeira.
A exposição 'Arte baleeira - uma imagem genial dos Açores no Mundo', concebida a partir das coleções do Museu do Pico - Coleção
Miguel Socorro e Coleção Francisco Pessanha – é uma homenagem ao
artesanato baleeiro açoriano e aos seus autores.
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